Foi uma actividade única, repleta de suspense e adrenalina.
Fazia parte dos nossos planos, eu, o Ricardo, o Luís Quaresma e o Carlos, atacarmos o Cervino (...), após termos feito o Monte Rosa (Zermat) no ano anterior.
A aproximação ao refúgio de Hörnli a 3.260 m, levou-nos cerca de 3 horas. Suficientes para desgastar bastante se contarmos também com os cerca de 15 kg de carga que cada um transportava.
Montou-se bivaque junto ao refúgio (de preços proibitivos) e ao início da noite, pelas 1.00h da madrugada, inciamos a última etapa da atividade. Rumo ao cume.
Muita gente na subida tornou a tarefa muito delicada e demasiado stressante. Precisamos de 6 duras horas para a ascenção e gastamos outras 7 ainda piores para descer. Num desnível total de 1000 m, foi obra demasiado violenta de esforço.
Ainda por cima aquando o regresso, o termos perdido o último teleférico, obrigou a descer até Zermat a pé, ao longo de mais 5 km. Sorte foi termos conseguido pernoitar numa das muitas aldeias de montanha que por ali proliferam. Assistimos à produção do queijo, ao recolher do gado, ofereceram-nos um chazinho quente e umas bolachas. Gente humilde, tipo história da Heidi, na nossa idade de rapazes novos.
Refúgio Solvay Hut, 4003 m altitude |
Esta foto não é nossa mas eu e o Ricardo entramos nesta impressionante cabaninha e escrevemos os nossos nomes no livro de visitas que lá existe. Ao fundo da imagem, Zermat.
Foi um momento simplesmente...